No dia 26 de Setembro recebemos em nossa casa um grande homem. É que é mesmo enorme! O Raminhos veio visitar-nos para perceber o que é esta “coisa” do veganismo, e de como chegámos aqui. Tivemos uma longa conversa, mas que foi demasiado curta para dizer tudo o que queríamos. Contámos situações caricatas que se passaram connosco e explicámos o que nos fez tornar vegan.
Mas temos de confessar, incidimos muito na alimentação 100%vegetariana/vegan pela perspectiva da saúde por ter sido esse o nosso primeiro passo no veganismo. Mas se no início deixámos os produtos de origem animal por ser a opção mais saudável, tornou-se também muito evidente para nós que não fazia qualquer sentido o sofrimento infligido pela exploração animal. A verdade é que a partir do momento em que existe um negócio, os animais passam a ser vistos apenas como mercadoria e as suas vidas são completamente desvalorizadas. São actos de crueldade medonha que acontecem todos os dias, com o único objectivo de fazer dinheiro e alimentar a gula humana.
Comer carne/peixe, ovos e lacticínios não é uma necessidade, é uma opção! Está mais do que fundamentado pela comunidade científica que é preferível ter uma alimentação 100%vegetariana. Traz menos doenças a curto, médio e longo prazo. Antigamente pensava-se que tínhamos de beber leite para ter sustento…. mas não! Não é verdade. Nós tivemos uma gravidez super tranquila, sem problemas e sem qualquer produto de origem animal! O nosso pequeno, agora com 18 meses tem-se desenvolvido bem, sem qualquer problema. Começou a andar quando muitas crianças se começam apenas a levantar. Não ficou subnutrido. Não ficou “raquítico”.
Para nós não faz sentido que, tendo opções tão melhores e tão mais saudáveis, continuemos a infligir dor a criaturas indefesas. Nós que fomos criados seres racionais e inteligentes, capazes de “inventar a roda”, de pensar e de tomar decisões, vamos utilizar a nossa capacidade a ser cruéis para estes seres? Temos tanto a aprender e a receber dos animais. Vivos e no meio da natureza.
Claro que a defesa pela não exploração e sofrimento animal não se fica pelos lacticínios e pelos ovos. O mel (último alimento de origem animal que deixámos), calçado e vestuário em pele, a seda, a lã… Como já disse, sempre que há negócio associado a animais, há desprezo pelas suas vidas.
Quem ouviu o podcast ouviu-nos dizer que ainda não nos virámos para os cosméticos/produtos de higiene. Embora possam não conter produtos de origem animal na sua constituição, podem ter sido testados em animais. Ainda não chegámos “aqui” porque ainda não pesquisamos a sério sobre este tema. E é um tema manhoso… porque muitas marcas com linhas/submarcas ditas “vegan” acabam por ter outros produtos testados (por exemplo para ser vendido na China é obrigatório ser testado em animais) e acabam por utilizar os resultados desses testes.
Se alguém tiver sugestões de produtos de cosmética/higiene vegan deixem nos comentários, nós agradecemos 😉
Não nos tornámos vegan de um dia para o outro, tem sido uma caminhada e aos poucos vamos fazendo mais pela nossa saúde, pelo bem estar dos animais e pelo ambiente.
Ah! E a Maria Rita tem toda a razão… é tão fácil comer frango assado quando não vemos todo o sofrimento que estamos a saborear.
Vejam o vídeo (curto) ou oiçam o podcast da conversa completa.
2 comentários
Muitos parabéns pela vossa filosofia de vida.
Abaixo deixo o link da marca austríaca de cosmética e não só, 100% naturais, sem conservantes, corantes, aromatizantes.
https://www.simbiotico.eco/ecospot/etica-pura-ringana
Obrigado pelo comentario 😉
Vamos ver.
Obrigada