No dia 26 de Setembro recebemos em nossa casa um grande homem. É que é mesmo enorme! O Raminhos veio visitar-nos para perceber o que é esta “coisa” do veganismo, e de como chegámos aqui. Tivemos uma longa conversa, mas que foi demasiado curta para dizer tudo o que queríamos. Contámos situações caricatas que se passaram connosco e explicámos o que nos fez tornar vegan.
Come a Sério
Nós costumamos dizer que somos vegan, por uma questão de simplicidade, porque assim não precisamos explicar que além da carne e do peixe, também não comemos lacticínios e ovos. Na verdade, ainda vamos usando a designação 100% vegetariano porque ainda não somos “completamente” vegan (faltam só alguns pormenores para chegar a 100%).
Há pelo menos duas escolhas no teu estilo de vida que influenciam a tua saúde, em particular as mulheres. Um novo estudo 1 diz que há uma correlação entre o cancro da mama, o álcool e o exercício.
A alimentação é muito importante em todas as fases da vida, mas principalmente durante a gravidez. Mesmo com o reforço multivitamínico, o bebé precisa de uma panóplia de nutrientes que naturalmente são obtidos através dos alimentos.
Portanto, quanto mais ricos em nutrientes, melhores são os alimentos. E não há muita volta a dar… no que diz respeito a nutrientes importantes, variados e indispensáveis, os vegetais estão, de longe, no topo.
O acto de comer faz parte das nossas vidas, mas já alguma vez paraste para pensar porque comes? Uns diriam porque gostamos, outros porque necessitamos para nos mantermos vivos. Ora na primeira resposta comemos porque gostamos de comida e porque tiramos prazer do sabor e cheiro dos alimentos, sendo este aspecto da motivação endógeno. Por outro lado, comemos porque temos fome e desejamos alimento para ficar saciados. Este aspecto do comportamento motivado de comer é considerado como uma “redução do impulso” ou a satisfação de um desejo.
Finalmente chegou o momento esperado, a ecografia do 1º trimestre, em que se vê o bebé já com formas de bebé, e se avalia o seu desenvolvimento.
Estava na terceira semana do Insanity quando chegou a confirmação de que vinha aí um bebé (já com 6 semanas). O ShaunT ficou em stand-by e começou toda a azáfama de consultas e análises.
Eu sou a prova viva que um comedor de carne inveterado pode mudar. Costumava dizer que era vegetariano no acompanhamento do prato. Hoje o acompanhamento tomou conta do prato e nunca me senti melhor.
Nem sempre é fácil tomar a decisão de mudar o estilo de vida, principalmente no que toca à alimentação.
Embora o interesse pelo “saudável” tenha vindo a crescer nos últimos anos, ainda existe resistência em aceitar que alguém retire por completo alguns alimentos do seu regime alimentar (por mais conhecidos que sejam os seus malefícios). E esta resistência torna-se visível naquelas frases ou expressões típicas de extrema “preocupação” vindas de amigos e conhecidos:
“Mas não comes nada? O que é que tu comes? Onde vais buscar a proteína? Onde vais buscar as vitaminas e os minerais? Sabias que o açúcar também faz falta? Assim vais ficar doente. Tens algum prazer a comer? Só comes erva? Não podes ser tão radical. Só de vez em quando não faz mal. Não sejas tão intransigente. E quando tiveres filhos, vais comer normal outra vez, não vais?”
Se já ouviste falar em ácido fítico, é provável que tenha sido associado à expressão “anti-nutriente”.
O ácido fítico (também conhecido como “fitatos”, “IP6” ou “inositol”), tem sido olhado com alguma relutância por muitos, uma vez que diminui a biodisponibilidade (ou a capacidade de absorção) de alguns minerais.1
E onde se encontra o ácido fítico? Nas leguminosas, sementes, frutos secos e cereais integrais.2
Conclusão, vamos evitar estes “super-alimentos”? NÃO, CLARO QUE NÃO!
Zhou J. and Erdman JW. Phytic acid in health and disease. Critical Reviews In Food Science And Nutrition 1995 Vol. 35 , Iss. 6↩
Urbano G, López-Jurado M, Aranda P, Vidal-Valverde C, Tenorio E, Porres J. The role of phytic acid in legumes: antinutrient or beneficial function? J Physiol Biochem. 2000 Sep;56(3):283-94 ↩
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