De certeza que já ouviste falar da vitamina D e do quão importante ela é para os teus ossos.
Vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, maioritariamente produzida pelo corpo quando é exposto à radiação ultra-violeta do Sol. Funciona como uma hormona porque envia uma mensagem para os intestinos aumentarem a absorção de cálcio e fósforo. Também estimula a actividade dos osteoblastos (“construtores” do osso). Aqui está o porquê de te ajudarem a manter os ossos fortes.
Estima-se que mais de 50 milhões de adultos nos Estados Unidas da América têm ou estão em risco de desenvolver osteoporose.
E qual é a relação com a vitamina D? Níveis deficientes de vitamina D levam a uma diminuição da absorção de cálcio, o que é mais preocupante para as mulheres na pós-menopausa.
Outros Benefícios da Vitamina D
Fala-se muito nos ossos mas pouco se fala nos outros benefícios da vitamina D. Pensa-se que níveis deficientes desta vitamina levam ao aparecimento de doenças tais como o cancro, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão, doenças auto-imunes e a diminuição da capacidade cognitiva.
“Níveis deficientes de vitamina D levam ao aparecimento de doenças tais como o cancro, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão, doenças auto-imunes e a diminuição da capacidade cognitiva.”
Em relação ao cancro, estudos apontam que a vitamina D pode ser uma poderosa protecção.
Existe uma relação inversa entre os níveis de vitamina D e o cancro da mama. Mulheres com os níveis mais altos de vitamina D têm uma redução do risco de cancro da mama em 45%. Cerca de 75% das mulheres com cancro da mama têm deficiência de vitamina D.
Um estudo de 2009 concluiu que níveis normais de vitamina D estavam associados a uma redução do cancro colo-rectal e mesmo em doentes diagnosticados, níveis altos de vitamina D estavam associados a uma redução do índice de mortalidade.
A insuficiência de vitamina D também está associada ao cancro da próstata, pâncreas, pulmão e endométrio.
A vitamina D tem a capacidade de inibir o crescimento de células cancerígenas derivadas da mama, cólon, próstata e pele. O mesmo estudo concluiu que a suplementação com vitamina D3 está associado a uma redução em 12% do risco de morte por cancro.
Suplementação
Dissemos que a exposição ao Sol é uma das fontes de produção de vitamina D, mas hoje em dia passamos muito tempo no interior de edifícios e pouco tempo expostos ao Sol, o que torna a suplementação uma necessidade para podermos ter os valores mínimos.
Quando falamos em suplementação de vitamina D, esta pode ser feita de duas formas diferentes, vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol)
A D3 é a forma natural da vitamina D, sendo a mais segura, de melhor qualidade e apresenta uma actividade biológica mais activa que a D2. Uma revisão de literatura concluiu que a suplementação de vitamina D3 pode levar à diminuição do risco de mortalidade nos idosos, no entanto a mesma conclusão não se verificou para a D2.
Quanto é demais?
Podes pensar que quanto mais de uma vez melhor, mas não é bem assim. Alguns estudos associaram doses elevadas (300 000 IU1, 500 000 IU) de vitamina D2 e D3 dadas numa dose única anual, com um aumento do risco de fractura da anca. Ainda não se percebeu o porquê deste fenómeno, mas uma possível explicação assume que com níveis elevados de vitamina D há uma aceleração no processo de reabsorção e formação do tecido ósseo que leva a um enfraquecimento do osso existente.
Garante Os Teus Níveis de Vitamina D
Uma dosagem constante e moderada de vitamina D3 é a forma segura de garantir os níveis adequados. Entre os especialistas, existe um “acordo” que 25(OH)D2deverá estar acima dos 30 ng/ml. Valores acima de 45 ng/ml não são benéficos podendo mesmo ser prejudiciais.
No entanto, a carência desta vitamina começa a ser reconhecida como uma pandemia, afectando 30-50% da população mundial.
“A carência de vit. D começa a ser reconhecida como uma pandemia, afectando 30-50% da população mundial.”
De qualquer forma a maior fonte de vitamina D é a que é produzida na pele em resposta à luz solar, mas não é suficiente ao longo de todo o ano nem em todas as alturas do dia (mas isso é conversa para outro artigo).
A alimentação não é uma boa opção para garantir os níveis mínimos de vitamina D, uma vez que muito poucos alimentos têm vitamina D.
O que é certo é que estamos no Verão e é uma boa altura para produzires vitamina D. Aproveita o Sol de forma responsável e para os meses de Inverno faz análises à vitamina D e aconselha-te com o teu médico sobre como garantires os níveis mínimos desta vitamina.
Vitamin D is Critical to Overall Health | Dr. Fuhrman
Unidade Internacional – é uma unidade de medida de uma quantidade de substância, é baseada na actividade biológica ou efeito, para assim ser mais fácil comparar substâncias. Para a vitamina D, 1 IU é equivalente a 25 ng (nanogramas).↩
Calcifediol – É o composto derivado da hidroxilação da vitamina D3 no fígado. É a maneira utilizada pelos laboratórios para determinar os níveis de vitamina D numa pessoa.↩